1 - Uma explicação sobre investimento estrangeiro direto
O investimento estrangeiro direto mostra-se associado, fundamentalmente, ao desenvolvimento dos países. Em particular, nos países emergentes, como o Brasil.
O IED, em princípio, canalizava recursos e matérias-primas em atividades primárias, como a agricultura e mineração, e, casualmente, em infraestrutura, como energia elétrica.
No período pós II Guerra Mundial o IED, através dos países desenvolvidos, se traduziu na busca de mercados com potencial de consumo. Nesse período, os governos tinham a preocupação de que o investimento estrangeiro direto viesse a interferir na política de soberania nacional, na dependência econômica e eventual enfraquecimento das empresas domésticas.
Analisando o caso brasileiro especificamente, constatou-se o recebimento de grandes volumes de IED entre as décadas de 1960 e 1980. Porém, o Brasil perde a posição para países do Leste Europeu, recém saídos do comunismo.
Em 1990, com o avanço da globalização, verificou-se o fenômeno de internacionalização das economias nacionais. Dessa forma, na medida em que se observou esse aprofundamento da integração das economias nacionais à economia global, se constatou que os fluxos de investimento estrangeiro direto, de capitais e de comércio aumentaram de forma expressiva e contínua.
Atualmente, o Brasil disputa com economias emergentes, como Índia, China e África do Sul.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) define investimento estrangeiro direto como capital investido com o propósito de aquisição de um interesse durável em uma empresa e de exercício de um grau de influência nas operações daquela empresa. Além disso, o FMI e a OCDE consideram um investimento estrangeiro como investimento direto quando este detém uma participação no capital de, no mínimo, 10%, e pode exercer influência sobre a gestão da empresa receptora. Dessa forma, uma das principais características do IDE é que o investidor estrangeiro