A influencia da temperatura

A velocidade da maioria das reações químicas aumenta à medida que a temperatura também aumenta. Dessa forma, as reações em solução são altamente influenciadas pela temperatura. Alguns exemplos mostram claramente essa influencia. A hidrólise do etanoato de metila tem um constante de velocidade 1,8 vezes maior a35 °C do que a 25 °C; a hidrólise da sacarose cujo fator corresponde a 4,1 com a temperatura variando na mesma faixa do exemplo anterior. Reações em fase gasosa são pouco influenciadas (ou pouco sensível) a temperatura. Reações catalisadas por enzimas podem apresentar uma dependência mais complexa em relação à temperatura (a elevação da temperatura pode provocar mudanças conformacionais e até desnaturação e degradação da enzima, isto ocasiona um abaixamento na efetividade da enzima). Uma das razões pelas quais nosso organismo combate infecções com uma febre é para perturbar o equilíbrio da velocidade de reação do agente infeccioso e desse modo, destruí-lo pelo aumento da temperatura.
Arrhenius foi o primeiro cientista a reconhecer a dependência da constante de velocidade com a temperatura, através da expressão matemática: K= Ae-Ea/RT ln k=ln A-Ea/RT.
Onde, k é a constante de velocidade;
A é conhecido como “constante de Arrhenius” ou “fator pré-exponencial”;
Ea corresponde à “energia de ativação”;
R é a constante dos gases (8,314 J K-1 mol-1);
T é a temperatura absoluta. Uma vez conhecida à energia de ativação de uma reação, é simples prever o valor da constante de velocidade K2, na temperatura T2, a partir do valor de K1 na temperatura T1: Uma elevada energia de ativação corresponde a uma velocidade de reação que é muito sensível à temperatura (a curva de Arrhenius tem uma inclinação acentuada); uma pequena energia de ativação indica uma velocidade de reação que varia apenas ligeiramente com a temperatura (a curva de Arrhenius tem uma inclinação pequena); uma reação com energia de ativação nula, como para certas reações de recombinação de