A industria cultural
O termo *indústria cultural* (em alemão
"Kulturindustrie") foi criado pelos filósofos esociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial
[1]
.
Membros da Escola de Frankfurt
, os dois filósofos alemães empregaram o termo pela primeira vez no capítulo "O iluminismo como mistificação das massas" no ensaioDialética do Esclarecimento, escrita em 1942, mas publicada somente em 1947[2] .
Para os dois pensadores, a autonomia e poder crítico das obras artísticas derivariam de sua oposição à sociedade. No entanto, o valor contestatório dessas obras poderiam não mais ser possível, já que provou ser facilmente assimilável pelo mundo comercial[3] . Adorno e Horkheimer afirmavam que a máquina capitalista de reprodução e distribuição da cultura estaria apagando aos poucos tanto a arte eruditaquanto a arte popular
. Isso estaria acontecendo porque o valor crítico dessas duas formas artísticas é neutralizado por não permitir a participação intelectual dos seus espectadores[4] .
A arte seria tratada simplesmente como objeto de mercadoria
, estando sujeita asleis de oferta e procura do mercado[3] . Ela encorajaria uma visão passiva e acrítica do mundo ao dar ao público apenas o que ele quer, desencorajando o esforço pessoal pela posse de uma nova experiênciaestética
. As pessoas procurariam apenas o conhecido, o já experimentado. Por outro lado, essa indústria prejudicaria também a arte séria, neutralizando sua crítica a sociedade. Em todos os ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por elas que as indústrias se orientam, tendo o consumidor não como um sujeito, mas sim como um objeto. Este termo define as produções artísticas e culturais organizadas no contexto das relações capitalistas de produção, uma vez lançadas no mercado, é por estes consumidas.[5]
A indústria