a indisciplina nas escola básicas
1- Introdução
A indisciplina apresenta-se, hoje em dia, como uma pertinente problemática que cada vez preocupa mais os professores do Ensino Básico e Ensino Secundário. Trata-se de uma preocupação cientifica que é relativamente recente pois “o estudo do que se passa na intimidade ou privacidade da sala de aula não foi objeto de investigações por parte dos psicólogos, sociólogos e antropólogos, praticamente até ao inicio da década de 70”( Melo, 1993, p.41cit mota Curto 1998).
Segundo a opinião do psiquiatra Daniel Sampaio são “ (…) claramente os estudantes da fase final de um nível de ensino que levantam mais questões de indisciplina” Sampaio 1996 p.85, IN Mota Curto 1998). Como se pode constatar, a questão da indisciplina vai-se acentuando como sendo extremamente pertinente e atual, sendo, no entanto, de realçar que “nenhuma organização pode definir de forma precisa e inequívoca os comportamentos dos seus membros” (Melo, p. 37).
Os novos hábitos desenvolvidos pelos alunos, as suas noções de disciplina e de responsabilidade assim como as múltiplas condicionantes da escola massificada, ora ao alcance de todos e o alargamento da escolaridade obrigatória trouxeram para os estabelecimentos de ensino um grande número de alunos que há alguns anos atrás já estariam fora do sistema … isso provocou alterações acentuadas no sistema educativo que muitas vezes resvalam em diversas formas de indisciplinas.
Urge, portanto, aprofundar estudo sobre esta delicada e subjetiva problemática, com vista a um aperfeiçoamento global das relações que se estabelecem entre os diversos atores sociais em interação nas escolas. Questiona-se quantas vezes a indisciplina não está relacionada, em primeiro lugar, com a própria definição do seu conceito?
Doravante, estudos feitos admitem que os problemas de indisciplina, em parte, decorrem de representações diferenciadas não só do próprio conceito de indisciplina como também das suas causas e consequências