A inclusão da pessoa com Deficiência no ensino regular
Estudar a inclusão da pessoa com deficiência no ensino regular é algo relativamente fácil se for pensar no bojo teórico, haja visto que há um grande acervo literário que versam sobre o assunto. Contudo, tal contexto torna-se tarefa difícil ao se pensar na prática, isto é, o fazer acontecer esta inclusão. Nota-se, neste sentido, que a ação está praticamente desligada das questões teóricas.
São várias perguntas a serem feitas diante do sistema a que estamos submetidos: o capitalista. Diante do capitalismo a pessoa com deficiência é vista como um ser humano anormal, que não preenche os quesitos impostos pela sociedade. Dessa maneira há que se questionar: As escolas públicas dão conta de incluir estas pessoas? Ou ainda: O professor está preparado para trabalhar com esta demanda? Diante destes questionamentos, é possível refletir sobre a situação de inclusão desse grupo na atual sociedade.
Democratizar o ensino, segundo Miranda (2001) pressupõe garantir a todos os direitos de participar do processo de escolarização e continua dizendo que “[...] há que se democratizar a oferta de vagas na escola, atendendo à diversidade das demandas populares, inclusive os portadores de deficiência” (MIRANDA, 2001, p. 12).
Partindo dessa premissa, o presente trabalho se propõe a analisar como ocorre a operacionalização do Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais nas escolas municipais e estaduais de Maringá - Paraná, empreendidas pelas respectivas Secretarias de Educação deste município. Esta ação visa disponibilizar para as escolas públicas, equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade, com o objetivo de apoiar a ampliação do atendimento educacional especializado – AEE.
Esta pesquisa foi delimitada a partir de um documento de 2009 do MEC/SEESP, o qual demonstra a disponibilização do referido programa na maioria dos estados brasileiros e especificamente no Município de Maringá, abrangendo as escolas