A importancia do ciclo maua na economia brasileira
Introdução
No segundo reinado, sobre a tutela de Dom Pedro II, que iniciamos nossa trajetória de percepção daquilo que poderia ser o grande impulso para o Brasil: investir na indústria. Perceber a industrialização como nova fonte de renda era o ponto pelo qual o Brasil começava a vislumbrar pelo entendimento de Mauá, não mais apenas a produção rural e os elementos alimentícios. Ficar “refém de uma monocultura” deveria ser a postura não mais adotada. Ser dependente de um grupo e de uma classe de produção foi um risco enorme que corremos e que pagamos caro. Era o raciocínio que Mauá buscaria trazer para o império. Esta inspiração veio do Conde de Saint Simon que irá preconizar a indústria como elemento produtivo principal de riquezas para o país. O avanço das ciências determinaria a mudança político-social, além das bases da moral e da religião. Aqui no Brasil, a extinção do tráfico negreiro, seguida, no mesmo ano de 1850, pela promulgação da Lei de Terras, a centralização da Guarda Nacional e a aprovação do primeiro Código Comercial viabilizaram algumas mudanças importantes no nosso cenário. Também neste período, como consequência da Tarifa Alves Branco, de 1844, os produtos importados tiveram um aumento nas suas taxas. Assim, a arrecadação de impostos para o império cresceu significativamente. Também, com o encarecimento das importações, alguns produtos básicos começaram a ser produzidos aqui no Brasil, inclusive tecidos. Começou-se a investir na estrutura do país, pois era necessário criar mecanismos que pudessem dinamizar os desenvolvimentos que estavam acontecendo. Bancos, caixas econômicas, companhias de seguro, empresas industriais, companhias de colonização foram se instalando, especialmente na Corte e em algumas cidades mais desenvolvidas. É neste contexto que um grande visionário, capaz de transformar os sonhos e interesses nacionais em realidade vai conquistar importantes vitórias. O Sr. Irineu Evangelista de Souza,