a ilusão a justiça
Publicado 20 de Março de 2012 Direito Civil Deixar um Comentário
Kelsen em seu livro “A Ilusão da Justiça” aborda a filosofia de Platão que na Alegoria da Caverna retrata o dualismo platônico, ou seja, o mundo perceptível sensorialmente e o mundo inteligível, das idéias.
Em sua doutrina Platão se esforça para encontrar o bem absoluto analisando a oposição entre o bem e o mal. O bem e inconcebível separado do mal. O mal é a completa negação do bem. Não apenas, o bem, mas também o mal é concebido como ser, como realidade.
Kelsen especula que a filosofia platônica origina-se de uma experiência nova, pessoal.
Platão dizia que, o homem precisa de conhecimento para agir acertadamente, e por esse motivo, o único conhecimento real é o do bem, da divindade. Na medida em que não se sabe o que é justo, não se pode decidir se o justo é ou não virtude ou se o homem justo é ou não feliz.
O enigma da justiça em Platão se intensifica quando se familiariza com a doutrina política e religiosa da escola pitagórica que tem como essência a crença que após a morte, a alma do homem será punida pelo mal e recompensada pelo bem. Assim, é melhor sofrer injustiça do que comete-la, é melhor submeter-se à punição jurídica que escapar dela.
Kelsen, com sua “Teoria Pura do Direito” chegou à conclusão de que não existe um conceito geral da justiça. Esta é individual. Assim, devemos ter um parâmetro, que é a lei.
Fonte: Hermerson Gomes Couto; Paula Sane Yokota; Rosinei Kempim; Eliany S. M. Fonseca; Nilsa Duarte Oliveira; Suzenir Aguiar da Silva; Felipe Alves de Moura; Katuo Okabayashi. Profª Taís Martins (O). I Jornada Científica da UNESC. 2003.