a identidade cultural pos modernidade
O propósito desse livro é explorar algumas das questões sobre a identidade cultural na modernidade, tardia e avaliar se existe uma “crise de identidade e em que consiste essa direção ela está indo”. O livro se volta para questão como: Que pretendemos dizer com crise de identidade? Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitam essa crise? Que formas ela toma? Quais são suas consequências potenciais?
Este livro é escrito a partir de uma posição basicamente simpática à afirmação de que as identidades modernas estão sendo “descentradas”, isto é deslocadas ou fragmentadas. Seu propósito é o de explorar esta afirmação, ver o que ela implica qualifica-la e discutir quais podem ser suas prováveis consequências.
A opinião dentro da comunidade sociológica está ainda profundamente dividida quanto a esses assuntos. As tendências são demasiadamente recentes e ambíguas. O próprio conceito com o qual estamos lidando, “identidade”, é demasiadamente complexo, muito pouco desenvolvido e muito pouco compreendido na ciência social contemporânea para ser definitiva posta à prova.
Segundo o autor, as sociedades do final do século XX têm sofrido uma mudança estrutural que se irradia nas transformações das “paisagens culturais”, antes sólidas e estáveis, como o gênero, a sexualidade, a etnia, a raça e a nacionalidade. Tais transformações influenciam a formação cultural das pessoas, que acabam ficando divididas periodicamente entre os velhos e novos padrões, bem como entre as mais variadas classes que surgem na metade do século.
Três concepções de identidade
a) sujeito do iluminismo: baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo “centro” consistia num núcleo interior, que emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se desenvolvia. O centro essencial do eu era a identidade de uma pessoa.
b) sujeito sociológico: