A Identidade Cultural na Pós-modernidade
Relações Internacionais - Geopolítica
Camilo Darsie de Souza
Patrícia Wohlenberg
Stuart Hall busca discorrer em sua obra a atual identidade cultural, que na pós modernidade deixa de ser estável para passar por uma mudança estrutural. O autor apresenta os fatores que interferem e afetam a sociedade contemporânea, causando a chamada “crise de identidade”. O processo de transformação da identidade cultural e a fragmentação dos velhos conceitos são os principais questionamentos abordados na obra “A Identidade Cultural na Pós-modernidade”, que nos leva a reflexão sobre o sujeito moderno e a atual sociedade.
O autor esclarece que até o século XX a sociedade moderna era representada por estruturas culturais sólidas e localizações bem definidas, e no fim deste período há uma perdade da identidade estável. De acordo com Hall, a mudança ocorre a partir das transformações das “paisagens culturais”, tais como a definição da classe, etnia, nacionalidade, gênero, raça e sexualidade do indivíduo. Essas transformações seriam decorrentes principalmente da quebra do pensamento das teorias clássicas sobre a identidade cultural do indivíduo e seriam a causa da descentração ou deslocamento do sujeito, como é denominado pelo autor.
Com o objetivo de explicar como ocorre a fragmentação da identidade do sujeito moderno, Hall apresenta três conceopções de sujeito: sujeito do Iluminismo, sujeito sociológico e, enfim, sujeito pós-moderno. O iluminismo pregaria a idéia de que a identidade cultural está baseada na racionalidade e individualidade. O sujeito do iluminismo é centrado e unificado, e o seu “núcleo interior” permanceria exatamente o mesmo pelo resto da vida.
Por sua vez, o sujeito sociológico é um reflexo da complexidade do mundo moderno, o “núcleo interior” não seria autônomo, mas dependeria de outras pessos, ou seja, uma intereção do indivíduo com a sociedade. Nessa concepção, a identidade do indivíduo seria resultado das