A identidade bárbara
“[...] penetração dos bárbaros. Inicialmente recebidos no império como trabalhadores agrícolas, muitas vezes arrendando vastas extensões de terras antes cultivadas por escravos, a entrada dos bárbaros no império logo se transformou em invasão. De fato, no ano de 476, os hérulos invadiram e saquearam a cidade de Roma, derrubando o último imperador, Rômulo augusto, e decretando o fim do Império Romano, ao menos em sua parte ocidental”(Vicentino, Dorigo, 2006, p.75) Neste único trecho que descreve os bárbaros neste livro, o autor deixa de apresentar os bárbaros para citar os Hérulos, que foram povos germânicos que ajudaram em colonizações bárbaras. Algum fator influenciou o autor a não esclarecer em maior escala sobre os povos bárbaros, algo que poderia estar ocorrendo ou já acontecido na época que poderia mudar a forma de expressar do autor, desta forma excluindo os bárbaros, e escondendo sua identidade. Em 2005, por exemplo, um ano antes da publicação do livro didático “História para Ensino Médio: historia geral e do Brasil”, de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, ocorreram vários bombardeios, ataques terroristas, massacres, chacinas, dentre outros. Para alguns escritores, isso não passava de ataques bárbaros, e neste ponto influenciando a escrita não somente desse autor, mas sim de todos que estavam escrevendo algo do gênero no período dos ataques. . A palavra “bárbara” vem do grego “balbuciante”. Os Romanos herdaram essa palavra e aplicou nela um significado preconceituoso, fazendo dos bárbaros os “não-civilizados”,