A história de baixo para cima - Eric

Maria Pardo – 14/03/2013

HOBSBAWM, Eric. “A História de baixo para cima” (In: Sobre História). São Paulo: Cia. Das Letras, 1998. Pg. 216 – 231.

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O texto irá tratar de refletir sobre a história dos movimentos populares, a história vista a partir de baixo, ou da gente comum, onde George Rudé foi pioneiro. Eric então, joga a seguinte questão: “por que a história dos movimentos populares é uma moda tão recente ?”, e ainda diz que a resposta nos leva para a natureza da política e para a motivação dos historiadores. Termina a página dizendo que “a maior parte da história no passado era escrita para a glorificação e talvez para o uso prático dos governantes.”
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Porém, não se tem ideia de quem lê aquelas “volumosas biografias neovitorianas”, e é como se os políticos as ingerissem como pipoca.
Segue o exemplo em que a política da classe dominante, durante a maior parte da história até o final do século XIX, poderia prosseguir sem muita coisa além de uma ocasional referência à massa da população dominada, e isso significava não que essa massa estivesse satisfeita, e sim que as atividades dos pobres não ameaçavam a ordem social. E diz: “se há uma generalização segura sobre a relação normal entre camponeses e reis ou imperadores (...) é o fato de que aqueles encaravam o rei ou o imperador como justo por definição.” Entretanto, existem exceções sobre essas generalizações, sendo a China o principal exemplo.
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A história dos movimentos populares torna-se então relevante ao tipo de história ou parte dela, que tradicionalmente eram escritas, apenas a partir do momento em que as pessoas comuns se tornaram um fator constante na concretização de decisões e acontecimentos. Essas histórias de pessoas comuns começam a acontecer a partir dos movimentos do século XVIII. Eric então supõe que o primeiro grande historiador a falar sobre o movimento popular seja Michelet com a Revolução Francesa, e que se há um historiador isolado que antecipa a maioria dos temas do