A era dos extremos

Eric John Ernest Hobsbawm foi um historiador marxista de nacionalidade britânica nascido em Alexandria. Reconhecido internacionalmente, escreveu várias obras literárias, dentre elas, A era dos extremos: breve século XX, onde o escritor discute e argumenta sobre o século XX justificando seu período histórico menor que o cronológico, pois, este começou em 1914, na 1ª Guerra Mundial e terminou em 1991 no fim da URSS, segundo o autor. Lançado três anos após do colapso da União Soviética, o livro foi de grande importância no cenário do debate intelectual sobre o século XX.
O trecho II do livro já citado apresenta como os fascismos europeus foram se desenvolvendo durante o século XX. O fascismo italiano começa, com Benito Mussolini, no poder, oriundo do partido da extrema direita italiana. Foi reconhecido por Hitler, mas não teve muita influência na Europa.
Após Hitler entrar no poder em 1933, na Alemanha, o fascismo saiu da Itália. O fato do fascismo, que acabou tornando-se o nazismo, ser oriundo de um país em ascensão possibilitou financiamento de fora e criou-se uma resistência de países de ultra direita também, como a França.
Essa expansão do nazismo na Alemanha se deu por uso de um instrumento político inédito: a propaganda. A meu ver, uma jogada de mestre, pois a população foi aliciada por diferentes meios, onde a tecnologia foi usada para divulgação de uma ideologia, pela primeira vez, com um veículo que não tinha fins políticos até então.
É importante ressaltar que o nazismo, fascismo e o totalitarismo são coisas diferentes, e que compartilham alguns princípios. O totalitarismo acredita em uma corrente de ideologia junto com o terror, fazendo uma combinação totalitária. Já o nazismo e o fascismo praticavam a violência nas ruas, são anticomunistas, anticapitalistas, ou seja, não há divisão de classes. As três correntes ideológicas são ultranacionalistas. O fascismo difere-se por organizar as massas de baixo pra cima, começando com os trabalhadores,