Era dos extremo
Segundo, o século XX foi marcado pelo embate entre o capitalismo e o socialismo. Na verdade, houve rivalidade entre um distinto conjunto de ideologias políticas, cada uma das quais pleiteando ser a forma de organização social mais adequada às profundas transformações ocorridas no período. A 1ª guerra mundial trouxe à tona a experiência do socialismo real e pareceu sepultar o absolutismo com a queda dos impérios alemão, russo, austro-húngaro e turco, mas o totalitarismo ressurgiu com a roupagem mais moderna do facismo. A democracia liberal teve então que se aliar ao socialismo para poder derrotá-lo na 2ª guerra. Essas correntes antagônicas, de aliadas na guerra, passaram a rivalizar no período de guerra fria.
O livro põe em tela as transformações na própria composição da sociedade, explicitando o novo papel dos camponeses, operários e estudantes. O (quase) desaparecimento do campesinato ocorreu não só no mundo desenvolvido como nos países em desenvolvimento, onde a maioria da população vive agora nas cidades e a minoria remanescente no campo se integrou a lógica industrial da agricultura mecanizada. As únicas exceções onde o fenômeno ainda não se deu por completo são China e Índia, além dos países muito pobres. Os operários foram diluídos, enquanto classe, na complexidade das atividades econômicas, notadamente do setor de serviços. Por sua vez, graças à