A historia da encantada

A história da Encantada
Em 1918, já consagrado mundialmente como Pai da Aviação, Santos Dumont mandou construir a única casa que fez para si mesmo, em toda a vida: um pequeno chalé, em estilo alpino, no Morro do Encanto, Centro Histórico de Petrópolis.
Conhecida como “a Encantada”, a casa é, hoje, o segundo museu mais visitado da cidade: mensalmente, cerca de nove mil pessoas a procuram para conhecer mais sobre o modo de vida e a personalidade do genial inventor brasileiro. Um homem que realizou a proeza de voar - e que legou, às futuras gerações, invenções que permitiram toda a espetacular expansão da aviação no século XX. Perseguindo seu sonho e visão de futuro, Santos Dumont encurtou as distâncias, integrou as nações, promoveu o desenvolvimento e estabeleceu as bases para a corrida da humanidade, rumo à Era Espacial.
A escolha de Petrópolis
Porque Santos Dumont escolheu Petrópolis para construir a única residência que fez para si mesmo, em toda a sua vida? As razões podem ser várias: afinal, Santos Dumont nasceu em 1873 – e, para todos os brasileiros da época, a Petrópolis Imperial era identificada como a cidade-eleita para o repouso dos nobres e da burguesia abastada, por períodos de até seis meses ao ano.
Porém, outros fatores podem ter contribuído para esta decisão: o clima e a atmosfera alpina da cidade, que convidava ao repouso; os muitos amigos que o inventor mantinha por aqui – entre eles, os Franklin Sampaio – e a amizade estabelecida, ainda em Paris, com a Princesa Isabel. Esta, assim como seu pai, D. Pedro II, sempre demonstrou grande interesse pelos avanços da Ciência e costumava visitar o hangar de Santos Dumont em companhia de seu filho, demonstrando apreço pelo jovem conterrâneo, assim como admiração por suas criações.
O terreno: aspectos físicos
Ao escolher o terreno na subida do Morro do Encanto, Santos Dumont estabeleceu de imediato alguns desafios arquitetônicos para a construção d’A Encantada. A área, muito inclinada, fez com que o