A gênese da Inteligência segundo Wallon
Henri Wallon
A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja, "o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar.
Realizou mais de duzentas observações de crianças doentes, casos de retardo, epilepsia, anomalias psicomotoras em geral.
Sua psicogenética tem como ponto de partida o patológico.
O ser humano é organicamente social. O desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro.
Foi o primeiro a levar as emoções das crianças para dentro da sala de aula.
Considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também integrados.
Deste modo baseou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.
Quanto a afetividade:
As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. O aluno exterioriza seus desejos e suas vontades.
Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino.
A emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer.
A raiva, a alegria, o medo, a tristeza, e os sentimentos mais profundos ganham função relevante na relação da criança com o meio.
Quanto ao movimento:
Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da organização dos espaços para se manifestarem.
Conforme as ideias de Wallon, a escola insiste em imobilizar a criança, limitando justamente a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo da pessoa .
Wallon diz que o sincretismo (mistura de ideias num mesmo plano), bastante comum