a gruta
A PRISÃO Conheci o ¨amor da minha vida¨, vivendo intensamente o relacionamento construí um mundo só nosso, aonde o amor reinava, tudo era ela, tudo era para ela, não queria ver o mundo fora daquela realidade, achava aquele mundo perfeito, estava cego, mas como nem tudo são flores percebi que tinha algo errado e com o tempo fui me desprendendo e percebendo que o mundo real não era aquilo, estava perdendo a minha vida, não sabia se existia um mundo diferente daquele, aprisionado na sua própria criação. A FUGA Com o decorrer do tempo comecei a sair desse mundo, com muita dificuldade mas conseguia, estava tão acostumado com aquela vida gostosa de sorrisos e alegrias, que esse desprendimento foi uma pancada muito forte na minha vida, nas primeiras fugas para a realidade, parecia cego, não conseguia enxergar esse novo mundo, vida social? Não sabia o que era. Sofrimento total, me sentia uma abelha perdida da sua colmeia, uma pessoa que não conseguia olhar para o sol, porque tinha esquecido de quanto era valioso ter esse poder de liberdade. A CONTEMPLAÇÃO O tempo foi o melhor aliado e contribuiu muito com essa libertação para o mundo real, a cegueira das primeiras fugas, não existiam mais, enxergava além de tudo, dos muros montados no mundo que tinha formado, regras chulas que fiz, achando que estava nas condições perfeitas de vida, nada disso existia mais, o mais gostoso disso tudo era poder fazer o que quiser sem ter a preocupação de dar satisfação a ninguém, enfim encontrei a saída definitiva, acostumado com o sol, acostumado com a realidade, percebi que estava resgatando o tempo perdido naquela caverna, a vida seguia com qualidade, as pessoas se espantavam com a pessoa que era e a que estava sendo agora. O RETORNO Com a vida vista de uma outra forma, cabeça no lugar, tudo correndo bem, retornei à prisão porque existiam pessoas comigo, que não conseguiram sair daquele mundo, precisavam de ajuda, de