A Fundação do Estado e o Papel da Sociedade Civil: Legitimação e Soberania.
Vários dos autores clássicos do pensamente político vão se debruçar sobre questão referente a fundação do estado, sua legitimação da sociedade civil. Dentre eles podemos citar Platão, Aristóteles, Nicolau Maquiavel, Hobbes, John Look, Rousseau etc. Aristóteles e Platão foram os primeiros a interagir sobre a questão do governo e do papel do povo. Platão em seu “mito da caverna” discorre sobre a dificuldade das pessoas em enxergar a “verdade” e dos problemas presentes na governabilidade da democracia. Os dois autores possuem perspectivas muito parecidas pensando no homem1 como seres naturalmente sociáveis que se agrupam de duas maneiras: primeiro, na família, por questões de sangue; segundo, em aldeias, por questões de sobrevivência. A cidade seria o local por excelência para plena realização dos homens. A critica feita a democracia, Platão e Aristóteles estão sempre se referindo a Democracia Ateniense, é baseada na falta de conhecimento pela maior porção da população e a consequente predisposição para serem influenciados pelos “demagogos”. O povo não saberia em si o que é de fato melhor para eles, o que tornaria a democracia participativa ingovernável, a massa escolheria em função do uso da palavra, uma interpretação que a mostra como ignorantes. A resposta a esses problemas seria a republica, uma oligarquia onde apenas “os melhores” teriam partido nas decisões do governo. Como Platão salienta em um de seus livros (1994) o estado teria o dever de formar cidadãos e conduzir às melhores almas a luz. A autoridade dever ser passada apenas a aqueles que não a ambicione. Outros autores como Nicolau Maquiavel, que em todas as suas obras, terá como principal preocupação o Estado, não entrara nesta chave idealista de pensar o melhor estado que por muitas vezes nunca existiu. Sua preocupação seria com o estado real, presente no aqui e agora, capaz de produzir ordem. Pensando em uma