Fichamento
Francisco C. Weffort – Os clássicos da política, 1º Vol.- 10ª ed. – Editora Ática, 1998
Rousseau: da servidão à liberdade
Seu ingresso na republica das letras deu-se com obtenção do prêmio concedido pela Academia de Dijon, que havia proposto o seguinte tema para a dissertação: “O restabelecimento das ciências e das artes teria contribuído para aprimorar os costumes?”. Ao responder negativamente a essa questão Rousseau iria marcar uma posição bem diferente do espírito da época. “Se nossas ciências são inúteis no objeto que se propõem, são ainda mais perigosas pelos efeitos que produzem”. Antes pois de defender o processo de difusão das luzes, impõe-se perguntar sobre que tipo de saber tem norteado a vida dos homens.
Rousseau não partilha com seus contemporâneos o ideal da difusão das luzes do saber. A ciência que se pratica muito mais por orgulho, pela busca da gloria e da reputação do que por um verdadeiro amor ao saber, não passa de uma caricatura da ciência e sua difusão por divulgadores e compiladores.
A verdadeira filosofia é a virtude, esta ciência sublime as almas simples, cujos princípios estão gravados em todos os corações.
As ciências e as artes, embora tenham contribuído para a corrupção dos costumes, poderão, no entanto, desempenhar um papel importante na sociedade, o de impedir que a corrupção seja maior ainda. As ciências e as artes podem muito bem distrair a maldade dos homens e impedi-los de cometer crimes hediondos.
Embora todas as ciências e as artes tenham feito mal à sociedade “é essencial hoje servir-se delas, como de um remédio para o mal que causaram ou como um desses animais maléficos que é preciso esmagar sobre a mordida”.
Curriculum de um cidadão Genebra
Rousseau será sempre avesso aos salões e as cortes. Será um filosofo à margem dos grandes nomes de seu século, mas nem por isso estaria afastado das polemicas e chegou ate a contribuir, a convite de