A fraude
No final do ano de 2010 a fraude de uma empresa do grupo de um prestigiado empresário brasileiro, foi manchete dos principais jornais do país. O Banco
Panamericano, do famoso empresário Silvio Santos sofreu uma fraude. Entre os envolvidos estavam o Conselho de administração, Diretoria, Comitê de Auditoria,
Conselho Fiscal, empresas de auditoria e de consultoria. Demonstrando falhas de governança corporativa, gestão de riscos e controle interno.
O pior da fraude, que apesar de ter sido descoberta no final de 2010 é que ela jávinha ocorrendo há cerca de três ou quatro anos.
A fraude consistia no contínuo lançamento, em seus ativos, das carteiras decrédito e as receitas que não lhes pertenciam, uma vez que essas já tinham sido vendidas a outras entidades bancárias, sob cessão de crédito. A situação fica ainda pior com a venda da mesma carteira para vários clientes.
O crescimento acelerado das operações de cessão de crédito do Panamericanofez com que o BACEN inicia-se uma fiscalização mais aprofundada, fato este que ocorreu no 2º semestre de 2010, retroagindo de 2010 a 2008, período onde foram constatadas as irregularidades do Banco.
Um dos “truques” utilizados para camuflar a fraude era o pagamento do Imposto de Renda sobre os “ganhos” obtidos através das carteiras já vendidas e que não mais pertenciam ao Panamericano.
Um relatório inicial do BACEN emitido em dezembro de 2010 apontou que, oPanamericano informava R$ 1,60 bilhão em operações de cessão de crédito, oscompradores informavam R$ 5,59 bilhões , ou seja, quase quatro vezes o valor registrado pelo Panamericano.
O grupo do Silvio Santos conseguiu aprovação do FGC (Fundo Garantidor de créditos) um empréstimo de R$ 2,5 bilhões, assim ele terá 10 anos para pagar o empréstimo que foi concedido sem juros e será cobrada apenas correção monetária, além desses “benefícios” uma carência de 3 anos para começar a quitar a divida também lhe foi fornecida. Com isso Silvio Santos teve que