Fraudes
Ausencia de controle ou de índole?
Existem inúmeras ferramentas de controle, que na realidade são conjuntos de sistemas informatizados, processos, políticas e pessoas. Mas sabemos que as fraudes ocorrem, na maioria dos casos, por conluio de várias pessoas e, infelizmente, até mesmo com a participação de membros da alta administração – aqueles que têm o poder de autorização e aprovação. Entretanto, não estão acima das regras e da Lei. Por isso, existe a palavra “índole” - na falta dela, as fraudes ocorrem com maior freqüência.
Pesquisas sobre fraude no Brasil costumam demonstrar que os itens de maior preocupação das pessoas é a insuficiência do sistema de controle interno seguido por controles internos burlados, particularidades do ramo de atuação, além da falta de condução responsável da empresa.
Uma empresa é culpada por fraude contábil quando propositalmente inclui informações incorretas em suas declarações financeiras - manipulando despesas e receitas para melhorar seus rendimentos por ação.
O gerenciamento dos ganhos através de lançamentos duvidosos é simplesmente uma maneira de fazer as coisas terem uma aparência melhor do que elas realmente são para manter os acionistas felizes, atrair novos investidores, atender orçamentos, e o mais importante, ganhar bonificações. Bonificações são vinculadas a níveis específicos de receita, tornado-os extremamente tentadores para que se faça quase de tudo para atingir - ou parecer atingir - a meta. Mas nem toda falsificação de livros de contabilidade é motivada apenas pela ganância. Fazendo as receitas parecerem maiores do que realmente são, uma empresa em apuros poderia se manter à tona com dinheiro de investidores até que possa gerar um lucro real.
As fraudes contábeis no Brasil são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Banco Central (Bacen). A CVM, criada pela Lei 6.385, de dezembro de 1976, regulamenta e fiscaliza as bolsas de valores no Brasil