A força não faz o direito

636 palavras 3 páginas
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Curso: Direito - 1o Período
Disciplina: Filosofia
Professor: Guaracy
Aluno: Luana Máximo
Atividade de Avaliação
1° Semestre 2014 A força não faz direito

Porque não obedecer ao que se é forte, sendo esse capaz de me oprimir para que se tenha o domínio e o direito sobre os fracos? O mais forte é suficientemente forte para ser sempre o dominador. Transformando sua força em um direito, e a obediência em dever. Acredita Rousseau, que não conseguimos alcançar uma moralidade através dos efeitos impostos pelo poder da força. Quando nos cedemos a uma força, essa se constitui uma necessidade e não uma vontade. Já que é exercido por uma força superior um domínio sobre nós. Segue assim impossível a obediência representar um dever. Seria muito fácil então, o meu direito fazer sobre sair ao seu pela força, desobedecendo e contrariando tudo e todos sem punição, fazendo perdurar o meu poder visto que o mais forte tem sempre razão. Basta então somente agir de modo a ser o mais forte. Ora, que direito é esse que perece quando cessa a força? Se te é imposto obedecer pela força, não se tem a necessidade de obedecer por dever. E se não for mais forçado a obedecer, já não será mais obrigado a fazer. Conclui-se que a palavra direito nada se acrescenta a força. Cedei aos poderes. Se isto quer dizer que se deve ceder diante da força, o preceito é bom, mas supérfluo, até porque se torna impossível de ser violado. Rousseau reconhece que todo poder vem de Deus, mas de Deus vem tudo, inclusive a doença. Estaríamos nós então impedidos de ir ao médico? Sendo Deus a força maior? Quando um bandido me surpreende, não é apenas necessário entregar-lhe a bolsa a força. Se eu puder escapar dessa eventualidade, poderá alguém dizer que eu estava obrigado, em consciência, a entregar a bolsa exigida? Pois afinal a pistola apontada contra

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