A formação ética do educador
Max Mauro Tavares Portes[1]
Resumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância da ética na formação do educador. Para isto, fez-se, num primeiro momento, uma conceituação de educação, ancorado nas posições de Emilie Durkheim, Hannah Arendt e Pedro Demo (1996). Num segundo momento trabalhou-se a temática da educação moral, utilizando-se de teóricos como Lia Diskin e Laura Gorressio Roizman, Ana Lúcia Valente e Antônio Joaquim Severino. Finalmente, desenvolveu-se o eixo da discussão desse artigo, que trata da formação ética do educador, a partir do pensamento de Paulo Ghiraldelli Jr. dos já citados autores Severino e Valente. Também fez-se uma consulta nos Parâmetros Curriculares Nacionais, em sua apresentação da ética como um dos seus temas transversais. Conclui-se que neste tempo de uma sociedade globalizada, caracterizada pelas inovações científico-tecnológicas, exige-se do professor novos saberes e habilidades, além de atitudes que possibilitem o diálogo, a adaptação e a intervenção em uma realidade social e educativa diversificada e transitória. Compreende-se, então, que o ponto central da formação ética do professor é levá-lo a entender que essa formação é um processo contínuo e permanente de aprendizagem. É um processo de constante mudança, que lhe possibilite acompanhar a evolução sócio-cultural.
Palavras-chave: Educação. Ética. Professor. Formação.
Introdução
A humanidade vem experimentando mudanças rápidas e constantes em seu conviver, trazendo significativas implicações sociais, econômicas, políticas e religiosas. Essas mudanças foram intensificadas com o processo de globalização, iniciado a partir da década de 1970, na qual se deu a “Crise do Petróleo” (1973), que atingiu a economia mundial. Buscando uma solução para essa crise, pensadores monetaristas (representados principalmente por Milton Friedman, dos EUA, e Friedrich August Von Hayek, da Grã Bretanha), ressuscitaram o