A Formação do Sistema Nacional de Inovação Argentino
Gustavo José Pereira1
Resumo
O sistema nacional de inovação na Argentina, que se insere na periferia do sistema capitalista moderno, é influenciado diretamente por esta situação de subdesenvolvimento. Este posicionamento é, em parte, devido à industrialização tardia e à falta de instituições consolidadas. Após a superação dos entraves políticos e econômicos presentes até o início do século XXI, a República Argentina vêm desenvolvendo esforços no sentido de superar essa posição periférica, através da tentativa de “amadurecer” seus sistemas nacionais de inovação”, através de políticas públicas voltadas para o seu desenvolvimento.
Palavras-chave: sistema nacional de inovação, centro-periferia, economia, política.
Introdução
Este trabalho pretende analisar o sistema nacional de inovação da Argentina após a década de 1990, no contexto de economia periférico ao sistema capitalista central.
A caracterização como países periféricos em relação às economias centrais do sistema capitalista, que têm suas economias solidamente baseadas em tecnologia, inovação e educação avançada, baseia-se na incapacidade destes países periféricos de, na transição de sociedades agrárias, terem sido incapazes de seguir os caminhos da industrialização, assumindo uma posição de subordinação.
Arocena and Sutz (2001), são mais enfáticos ao afirmar que os países periféricos – em desenvolvimento – são o “resto”, aqueles incapazes de usar o conhecimento – sua geração, transmissão e aplicação – como uma ferramenta fundamental para o crescimento econômico e avanço na estrutura social.
Santiago et. al. (2009) reforçam a idéia ao discutirem a vulnerabilidade externa da América Latina como associada à própria realidade desses países que tiveram e têm parte de seu potencial de crescimento restringido pelo tipo de inserção internacional que possuem, com fortes determinantes históricos e institucionais e que o desenvolvimento dos