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O PAPEL DO ADMINISTRADOR DO SÉCULO XXI EM PEQUENAS
EMPRESAS: ANÁLISE DE DUAS ORGANIZAÇÕES DE ALTA TECNOLOGIA
COM EXPERIÊNCIA DE OPERARAÇÃO SIMULTÂNEA NA ARGENTINA E NO
BRASIL.
1. Introdução
Achamos importante abordar um tema de pequenas empresas de alta tecnologia que tiveram experiência de operar simultaneamente na Argentina e Brasil, pois segundo Cooper (1979: 309) as pequenas empresas são o lugar onde a atenção das pesquisas deve ser focada, não só para um melhor entendimento dos assuntos de estratégias, mas também pela eventual importância que essas firmas têm na nossa economia. A importância da estratégia de globalização para empresas de alta tecnologia pode ser observada nos comentários de Porter (1994: 108), mencionando que essas empresas devem procurar-nos diversos mercados mundiais suas necessidades de mão-de-obra, insumos básicos e tecnologias, tendo assim asseguradas as vantagens competitivas que cada um destes mercados pode oferecer. Para completar a ideia do tema, não se poderia falar das empresas atuando em um mercado globalizado, que apresenta um alto grau de competitividade, sem discutirmos também o papel do administrador do futuro.
Doz e Prahalad (1994: 499) ao analisarem a multidimensionalidade e heterogeneidade de empresas multinacionais diversificadas salientam que elas têm necessidades específicas quanto às atividades organizacionais e administrativas que devem ser levadas em consideração:
Estrutura organizacional flexível: sem uma estrutura única, estável e multidimensional ou conceitos estruturais simples como centralização e descentralização;
Diferenciação interna: processos administrativos precisam ser diferenciados entre vários países e produtos;
Obrigação integrativa: reforçar os “trade offs” entre as prioridades múltiplas; Intensidade informacional: importância dos fluxos formais e informais; Inter-relações não pré-especificadas: facilitar o surgimento de elos em um processo de auto estruturação descentralizada;