Compreendendo o senhorio de Cristo

COMPREENDENDO O SENHORIO DE CRISTO
Artigo escrito em outubro de 2006 –Pr. Carlos Antonio Ribeiro Lima

O texto bíblico de Lucas diz: “Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos mando (Lc 6:46)?” A narrativa de Lucas é simplesmente fascinante pois a censura que Jesus fazia revelava uma verdade profunda; verdade esta, que os discípulos naquela ocasião, desconheciam. Viam em Jesus um personagem fantástico, um homem de poderes e predicados extraordinários, além de nutrirem por ele uma amizade ímpar. Essa visão que os discípulos tinham de Jesus naquela época é a mesma que muitos cristãos adotam como postura de vida nos dias hodiernos. Essa atitude parece bonita, parece bem formulada, mas está completamente errada e, foi exatamente por isto que Jesus criticou seus discípulos. Jesus entendia que havia um princípio inserido neste contexto do qual ele não poderia abrir mão, este princípio era o princípio da obediência. Não adiantará coisa alguma reconhecer as qualidades de Cristo se eu não sou capaz de me submeter ao seu senhorio. Afinal de contas de que me serviria chamar Jesus de Senhor se eu não me porto como um servo? Na língua portuguesa ocorre um fato muito curioso com a palavra Senhor. Nós usamos esse vocábulo com um sentido vocativo, ou seja, colocando diante do nome das pessoas. Assim, dizemos: Sr. Antonio, Sr. Francisco, Sr. Luis, e Sr. Jesus. Em conseqüência disto, em Português, o conceito que temos deste termo é muito amplo. Quando chamamos Jesus de Senhor, isto realmente não tem o significado muito forte para nós. A palavra Senhor não tem hoje o mesmo significado de quando Jesus se achava na terra. Naquela época ela significava autoridade máxima, o número um, o que estava acima de todos os outros, o dono de toda a criação (Jo 1:1-3). O vocábulo grego KURIOS (que significa senhor) com inicial minúscula era usado pelos escravos ao se dirigirem aos seus amos. A mesma palavra escrita com