A formação das almas – o imaginário da república no brasil as proclamações da republica
As Proclamações da Republica
O capítulo dois do livro A Formação das Almas – O Imaginário da República no Brasil inicia com uma epígrafe de Tobias Monteiro que diz “A gente fica a pensar se a história não será em grande parte um romance de historiadores.” A partir daí o autor, José Murilo de Carvalho vem destacar o surgimento da necessidade da construção de uma história própria do momento da Republica, a oficialização dos fatos, dos nomes, dos heróis, a luta pelo estabelecimento da origem. Também ressalta que a proclamação não pode ser considerado apenas como um movimento militar apesar de em grande parte estar desvinculado do movimento republicano civil e deixa claro a importância dos acontecimentos do dia 15 de novembro. Essa ruptura com a monarquia e a tentativa de implantação de um novo sistema político não pode ser considerada apenas um acidente ou uma tentativa frustrada, esse ato possui um valor simbólico muito forte e inegável.
O autor dividiu o capítulo em três subtítulos As Proclamações, Deodoro: A Republica Militar, Benjamin Constante: A Republica Sociocrática, Quintino Bocaiuva: A Republica Liberal. Este primeiro trata sobre as diversas versões e seus representantes Deodoro, Benjamin, Quintino e seus defensores. Ele cita o exemplo de que poderia ser considerado a guerra dos vivas, quem deu viva primeiro, quem deu viva a quê e a constante disputa em oficializar uma das versões. Os defensores de Deodoro foram principalmente, segundo o autor, pelos setores militares desvinculados da propaganda republicana, eram oficiais superiores que tinham lutado na guera contra o Paraguai, jovens oficiai, parentes, entre outros militares, para estes a proclamação foi um ato estritamente militar, a República era o ato final da questão militar, uma solução definitiva pela eliminação de um regime que era dominado por uma elite bacharelesca que desrespeitava os brios militares. Deste modo, Deodoro convenceu-se