cabelereira
A título de apresentação, serve citar que o autor da obra sob exame – José Murilo de Carvalho – nasceu em 1939, em Andrelândia, no Sul do estado de Minas Gerais. Mestre e Doutor em Ciências Políticas pela Universidade de Stanford, com pós-doutorado pela Universidade de Londres, é professor titular de História do Brasil no Departamento de História da UFRJ e também leciona na Escola de Guerra Naval. Construiu sólida carreira de docência, pesquisa e publicações dentro e fora do país. Com vários livros e mais de uma centena de artigos publicados, Murilo de Carvalho foi diversas vezes premiado, tendo sido eleito para a Academia Brasileira de Ciências – ABC -, em 2003, e para a Academia Brasileira de Letras – ABL -, em 2004. Na ABL, declarou que pretende melhorar o diálogo entre essas duas academias e a terceira de que faz parte, a universitária.
Passando do ator (palavra da moda em relações internacionais e que vem bem a calhar, dado o gosto do autor pelo vocabulário próprio das Artes Cênicas) ao objeto, A formação das almas: o imaginário da República no Brasil teve sua 1ª edição em 1990. Dessa edição, várias reedições vieram a público, sendo a de número 18, de setembro de 2008, a que serviu de base para o presente trabalho.
A quarta capa do volume em comento apresenta uma reprodução da obra “A República”, do artista plástico positivista Décio Villares. Abaixo da reprodução, um curto texto sem identificação autoral aponta para a habilidade de Murilo de Carvalho para extrair de símbolos (como bandeiras e hinos nacionais) e de expressões artísticas diversas (como monumentos em praças públicas, caricaturas e charges de jornais) as chaves de interpretação de mitos e símbolos de sistemas políticos.
Na posição oposta, na primeira capa, apresenta-se a reprodução de uma outra obra, ‘A Pátria’, de Pedro Bruno, outro artista plástico positivista, sinalizando para o