A formação das almas - III Capítulo

Universidade Estadual de Montes Claros
Centro de Ciências Humanas - CCH
Departamento De História

A Formação das Almas:
O imaginário da República no Brasil
José Murilo de Carvalho

{

Allana Dábia Cardoso Teixeira
Stefani Martins da Silva

III – Tiradentes: um herói para a República
A luta em torno do mito de origem da República mostrou a dificuldade de construir um herói para o novo regime.
CARVALHO, 1990, p. 55

Heroi que se preze tem que ter a cara da nação.
CARVALHO, 1990, p. 55

• Deodoro era um candidato óbvio para ser este heroi, bem como Benjamin Constant.
• A busca por um heroi da República veio do inimaginável:
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

•

1886: Saldanha Marinho, presidente da província de Minas
Gerais mandou erguer um monumento em sua homenagem. • A notícia da condenação dos 11 réus abalou toda a cidade.
O anúncio do perdão de todos, menos de Tiradentes levou o povo à ruas para assistir à sua execução e sua morte causou forte comoção às pessoas.
• Charles Ribeyrroles – O Brasil Pitoresco, 1859.
•

Presença na literatura: As liras de Gonzaga, 1840.

•

Em 1862 ergue-se um monumento a D. Pedro I no local de morte de Tiradentes, causando revolta entre os republicanos. •

1926: é inaugurado um monumento em frente à Cadeia
Velha e o local passa a chamar-se Praça Tiradentes.

Monumento a Tiradentes – Praça Tiradentes – Ouro Preto/ MG
Créditos: Allana Cardoso

• Havia disputa entre as figuras de Tiradentes e D.
Pedro I, até a publicação de um artigo de Luís
Gama em 1822, comparando o primeiro a figura de
Cristo.
• 1873: Joaquim Norberto de Souza Silva publica
História da Conjuração Mineira, após pesquisa feita durante treze anos, onde afirma que Tiradentes teria escolhido morrer com uma oração nos lábios ao invés de um grito de revolta.
• Joaquim Norberto afirma: “Prenderam um patriota; executaram um frade!”

Fatores que influenciaram a vitória de
Tiradentes como herói