A formação da classe operária inglesa (v. 2) - a maldição de adão e as contribuições teórico-metodológicas de e. p. thompson: experiência e cultura
A formação da classe operária inglesa (V. 2) - A maldição de Adão.
Prefácio
Edward Palmer Thompson , traz no prefácio de seu livro, que a classe operaria não surgiu tal como um sol numa hora determinada. Ela estava presente em seu próprio fazer-se. Evidentemente há uma diferença “classes trabalhadoras” é um termo descritivo, tão esclarecedor quanto evasivo. Reuni um amontoado de fenômenos descontínuos. Ademais a noção de classe traz consigo uma noção de relação histórica (pag.09).
Thompson apresenta que a Classe acontece quando, alguns homens, como resultados de experiências comuns (herdadas ou compartilhadas), sentem e articula a identidade de seus interesses entre si, a consciência de classe é a forma como essas experiências são tratadas em termos culturais e surge do mesmo modo. Existe atualmente uma tentação generalizada em se supor que a classe é uma coisa. (pag.10)
Com a tosca noção de classe atribuída a Marx pode ser criticada sem dificuldades, assume-se que noção de classe é uma construção pejorativa imposta as evidencias. Nega-se absolutamente a existência de classe. È possível passar de uma visão dinâmica para uma visão estética de classe. O problema consiste em determinar a melhor forma de condicioná-la para que aceite seu papel social e de melhor “tratar” e canalizar seua queixas. Se lembrarmos que classe é uma relação e não uma coisa, não podemos pensar dessa maneira (pag.11)
Para Thompson a classe é constituída no decorrer da trajetória do homem na história. As novas experiências e suas possíveis conclusões são, portanto importantes para se entender o significado de classe. (pag. 12)
Esse marxista britânico também faz uma crítica aos historiadores que definem o trabalhador de modo geral, como passivo a determinados eventos ou instituições. O papel do sujeito na história seria