A floresta e o ar
Pode parecer um tanto extremado e radical dizer que se não houver cuidados especiais para com a natureza, não há garantia de condições de vida para o próximo século. Diante dessa realidade, é necessário que se revejam os conceitos aplicados até o presente momento na busca desenfreada de lucros imediatos. O trato, até agora dispensado à natureza por todas as atividades humanas, foi agressivo e visando obter sempre o máximo progresso, o máximo desenvolvimento, o máximo lucro e o mais eficiente bem-estar para a população.
Felizmente, a revolução industrial está chegando ao seu final, deixando para a humanidade imensuráveis vantagens: um crescimento vertiginoso da ciência, da tecnologia e das artes; uma qualidade de vida para o homem que, se não considerados os prejuízos ambientais, pode-se dizer que é perfeita, pois o bem-estar que a tecnologia proporcionou à humanidade é algo extraordinário; os meios de transporte, as comunicações, a informática e tantos outros setores que estão no mais alto grau do avanço científico.
No entanto, o custo dessa evolução e o preço que a humanidade está pagando por tão fantástico desenvolvimento ficaram estampados no seio da natureza. O progresso deixou como resíduos a poluição da água, do solo, do ar, a destruição da superfície ativa do solo pela erosão e a destruição da vegetação, em particular das florestas. Quase a metade das florestas tropicais do mundo foi destruída, sobrando ainda a previsão de que mais um sexto das mesmas será destruído até o ano 2030, se não houver medidas drásticas para conter a ganância dos homens civilizados. Das florestas, provavelmente sobrará um décimo em formas degradadas ou através de administração comercial.
Com o fim da revolução