Influência da poluição do ar sobre as florestas e liberação de gás metano em relação à agropecuária
As florestas e a poluição do ar
Sua ação na retenção da poluição do ar, elas contribuem neste processo, através da absorção de alguns poluentes e através do efeito de filtragem dos particulados.
Os poluentes do ar entram nas folhas das plantas principalmente através dos seus poros ou estômatos. A extensão dos danos varia devido a vários fatores: as características dos poluentes (concentração, duração, propriedades físicas e químicas etc); condições climáticas (temperatura, intensidade de luz, precipitação etc); condições do solo (umidade, nutrientes etc) e fatores biológicos (estágio de desenvolvimento, composição genética, insetos, doenças etc). Os poluentes do ar afetam vários tipos de vegetação, incluindo as plantações na agricultura.
A floresta pode, efetivamente, contribuir para a retenção da poluição do ar, se bem que esta propriedade tem sido, as vezes, superestimada. O valor das árvores neste aspecto deve ser encarado dentro de suas perspectivas, pois elas mesmas podem, com o tempo, ser prejudicadas pela poluição atmosférica. Do ponto de vista dos efeitos sobre as florestas, os principais poluentes são o dióxido de enxofre, o ozônio e o ácido fluorídrico, sendo o SO2 considerado o mais importante neste aspecto.
O SO2 é normalmente absorvido pelos estômatos e a injúria causada às árvores pode ocorrer independentemente da aparição dos sintomas visuais, tais como necroses, cloroses, etc, e existem já vários exemplos de florestas seriamente afetadas pela poluição por SO2.
A utilização de árvores na forma de cinturões florestais de proteção contra a poluição em ambientes poluídos é prática comum em muitos países desenvolvidos. O efeito destes cinturões resulta tanto na absorção de poluentes gasosos, quanto da filtragem de particulados pelas árvores. Esta ação benéfica depende da concentração dos poluentes. Em concentrações elevadas, os poluentes induzem a aparição de sintomas agudos, podendo sobrevir a