A Filosofia Just
A principal característica da filosofia JIT é trabalhar com a produção puxada, ao longo do processo. O material só é solicitado se realmente existe a necessidade de sua utilização. Percebemos verdadeiramente um combate ao desperdício. Totalmente contrária a produção empurrada, onde se acumulam estoques e custos para mante-los. Diferentemente dos sistemas comuns, JIT é ativo em suas ações. Vejamos, nos sistemas comuns são aceitáveis certos níveis de refugos, setup e quebras de máquinas como normas de processo.
O JIT questiona a melhoria das características do processo, que os sistemas tradicionais aceitam. Se acontecer, tem uma causa e JIT quer saber o porque. Enquanto os sistemas tradicionais aceitam os estoques para “abafar” os problemas, no JIT os estoques são reduzidos justamente para se localizar e resolver os problemas. Percebemos uma nova visão de administração da produção e um novo paradigma de enfrentar os problemas.
Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 485) entendem, que para entender JIT devemos analisá-lo em dois níveis. No aspecto geral é uma filosofia, ampla, gerencial e ao mesmo tempo congrega várias ferramentas e técnicas que sustentam a filosofia. Como filosofia visa eliminar desperdícios, envolver as pessoas e aprimoramento contínuo (kaizem). Na visão de Alvarez (2001, p. 321) JIT vai alem de simples técnicas de administração da produção. Sua abrangência, acaba se tornando uma filosofia ampla, abrangendo e interagindo administração de materiais, pessoas, qualidade, organização do trabalho etc.
Gianesi e Corrêa (1993, p. 59) vêm corroborar isso quando afirmam que em sistemas como o MRPII, procura atacar o problema da coordenação entre demanda e obtenção de índices, aceitando as incertezas (passivo), o sistema JIT ataca as causas e posteriormente os problemas de coordenação (ativos).
6.1 Papel dos Estoques - como vimos em JIT os estoques são considerados nocivos e devem ser reduzidos, sob pena de não encontrarmos e resolvermos os