A filosofia de hoje
Progresso científico esse, que se usado na procura do bem comum, poderá ser também, progresso da Humanidade. Por isso, discordei quando o professor disse que a Interrupção Voluntária da Gravidez não era uma questão sobre a bioética a abordar neste trabalho, porque não tinha a ver com o progresso científico, mas com posições ideológicas. Sim, em parte é verdade! Mas há uma verdade que o progresso científico trouxe e a que é dada pouca importância: a verdade é que desde o momento da concepção há um novo ser irrepetível e único que se vai desenvolver continuamente até à morte, e que além do mais, reage a estímulos exteriores.
E é com esta constatação que devemos abordar as demais técnicas da Procriação Medicamente Assistida: será que queremos fazer dessas técnicas um combate à infertilidade e à esterilidade ou fazer delas práticas de selecção de seres vivos no seu estado mais frágil e indefeso?
É por isso, que então, mais que a técnica em si é preciso julgar a intenção e a quem se destina. Desse modo, não me causam estranheza os processos de inseminação artificial e fecundação “in vitro” destinados a um casal que pretende materializar a sua relação num filho próprio a quem pretendem dar amor e uma vida digna, desde que não usem a manipulação genética como forma de escolher o sexo ou outras características dele, pois ninguém, nem mesmo os pais, têm o direito de determinar o que há-de ser outro individuo, a não ser para prevenção de doenças, e desde que não o usem para servir de material biológico para outro membro da família, pois o novo ser humano deverá ser sempre um fim e nunca um meio. Também não me causa estranheza a existência