A filosofia da educação como questionamento das bases educacionais
Segundo Paulo Freire a educação é baseada na concepção “bancária” que quanto mais os educadores conduzirem os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado, mais ainda a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais “encher” os recipientes com seus depósitos, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher”, tanto melhores educandos serão. Ele identifica que a alfabetização precisa ser um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação dando espaço para indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos e as suas inibições: um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tem – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. “Pensar certo é uma postura exigente que temos que assumir perante os outros, com os outros e ante nós mesmos”.
Já Demerval Saviani defende o conhecimento pautado nas experiências passadas, ancoradas na escola tradicional que tem um estudo aprofundado e definido, que não tem lacunas, já que estas foram preenchidas por homens que já dissertaram sobre um determinado assunto. A educação é concebida como "produção do saber", pois o homem é capaz de elaborar ideias, possíveis atitudes e uma diversidade de conceitos. O ensino como parte da ação educativa é vista como processo, no qual o professor é o "produtor" do saber e o aluno "consumidor" do saber. A aula seria produzida pelo professor e consumida pelo aluno. O professor por possuir competência técnica é o responsável pela transmissão e socialização do saber escolar, cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo. Para ele o ensino está centrado no professor e este é conhecedor de tudo sobre determinado tema.
COMO SE DESENVOLVEU A FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO AO LONGO DO TEMPO