a figura humana
Selma de Assis Moura e Ariane D’Avila Mantovani
Texto complementar ao workshop apresentado no "3rd Brazilian Bilingual Schools Conference" / 3º Congresso Brasileiro das Escolas Bilíngues, em 02 de maio de 2009
O propósito deste trabalho:
Queremos compartilhar uma reflexão sobre a experiência de trabalho nas áreas de artes e linguagem desenvolvida com crianças de 5 anos em uma escola bilíngue de educação infantil na cidade de São Paulo. Nesta escola, como ocorre em muitas outras escolas bilíngues, as crianças passam pelo menos quatro horas diárias em um programa de imersão em segunda língua (no nosso caso, inglês) que não é apenas a língua que se pretende ensinar, mas também a língua através da qual os conteúdos curriculares são ensinados.
Vivemos, portanto, um duplo desafio: o de ensinar os conteúdos curriculares e uma segunda língua a crianças que são, quase todas, brasileiras e falantes nativas de português. Há na escola também algumas crianças para quem o inglês é a primeira língua, ou mesmo uma segunda língua materna. Para garantir um ambiente de circulação do inglês e maximizar a exposição das crianças à segunda língua, a comunicação entre a equipe da escola e as crianças ocorre quase totalmente neste idioma, embora o português seja eventualmente utilizado em atividades específicas e apareça, na maior parte do tempo, na comunicação entre as crianças. Conforme as crianças demonstram maior compreensão do inglês, as professoras as incentivam a falar mais nesta língua.
Um dos eixos de trabalho na escola é constituído pelas Artes Visuais. Presente de muitas formas na vida das crianças, as artes constituem uma forma privilegiada de ajudá-las a compreender o mundo, organizar seus pensamentos, expressar ideias, desenvolver o domínio de técnicas expressivas e ampliar seu potencial criativo. Seu principal objetivo é o desenvolvimento estético e a educação da