A família
A família é a célula mater da sociedade; o lugar onde se desenvolvem as estruturas psíquicas, onde a criança forma a sua identidade e desenvolve o seu emocional. A família determina funções, papéis e a hierarquia entre seus membros; é também o espaço social da confrontação de gerações e onde os dois sexos (masculino e feminino) definem suas diferenças e as relações de poder.
Cabe aos pais o papel de educar os filhos. A educação é a condição básica para o convívio social. Educar implica o uso de autoridade para estabelecer limites; dar ordens e proibir o indispensável que possibilite à criança controlar sua impulsividade: toda criança nasce egoísta; ela passa a respeitar o outro através da educação, disciplina, mas, principalmente, pelo exemplo dos pais. As crianças sempre se identificam com um dos pais, e fazem o que esse adulto faz (ex.: a menina veste-se como a mãe).
É na Família que se encontra os elementos fundamentais da identidade simbólica do indivíduo enquanto ser humano, que o diferenciam de um indivíduo animal. Nascer, amar, gerar, trabalhar, adoecer, envelhecer, morrer são ações ou processos que podem ser vividos em quaisquer circunstâncias, mas encontram seu significado mais adequado quando realizados no contexto das relações familiares.
Novos conceitos de liberdade como o feminismo, por exemplo, que trouxe repercussão em todo o mundo, trazendo um grito de independência para a mulher como o trabalho e a possibilidade de não depender financeiramente do companheiro, eram novidades atraentes para o universo feminino. De início, os homens também acolheram entusiasmados esta inovação, mas, pouco a pouco, foi-se dando uma invasão, uma penetração dos papéis femininos nos masculinos e vice-versa. Ficou caracterizada a confusão. As uniões matrimoniais até então estáveis, sem a existência do divórcio, no Brasil, ficaram abaladas. O “até que a morte os separe”, ditado na fórmula do Matrimônio, entrou em crise porque em crise estavam também aqueles