A família e o filho com deficiência
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A família e o filho com deficiência, uma vivência de adaptação - Por Alcione Aparecida Messa É comum encontrar pais de crianças com deficiência bastante impactados, seja com a notícia dessa condição ou mesmo pela adaptação à nova rotina de cuidados. Podem apresentar sentimentos de tristeza, medo e rejeição em vários níveis. Lidar diariamente com um filho com deficiência não é uma escolha; é uma realidade desconhecida que se impõe na vida dos pais e significa rever projetos e expectativas. O fato é que ter um filho com limitações não estava no planejamento, já que durante a gravidez, os projetos não incluem deficiências. Os planos repentinamente mudam, exigindo um esforço emocional dos pais em um processo de aceitação influenciado por características de personalidade, recursos de enfrentamento e dinâmica familiar. Não se deve, porém, afirmar que a família apresentará distúrbios nos relacionamentos, dificuldades permanentes ou individuais por ter um filho com deficiência. O risco existe, mas a relação não é direta. O impacto vai se determinar com a contribuição de fatores como o aproveitamento dos recursos, adaptação e significado atribuído a esta vivência. A princípio, os pais se sentem inseguros, inconformados e despreparados, podendo ter dificuldades nos primeiros contatos com especialistas e tratamentos de reabilitação. Nessas famílias, a mudança de olhar é fundamental! Se os filhos com deficiência são vistos somente a partir de suas limitações, pouco foco pode ser dado às suas possibilidades de interação e desenvolvimento. Crianças com deficiência podem ter limitações de seu campo perceptivo, sensorial, motor ou intelectual, mas isso não significa que não possam explorar uma extensa gama de tratamentos e recursos que proporcionam autonomia, conforto, bem-estar e experiências enriquecedoras. Mesmo em quadro graves, a comunicação e o vínculo são vivências importantes entre pais e filhos. Quando os pais não os aceitam, acabam se afastando e