Processo da idealização da família em conceber um filho dito ‘normal’ e a sua desconstrução a partir do diagnóstico de deficiência,
Palavras-Chaves: Idealização. Desconstrução. Deficiência. Aceitação. Família.
Mesmo diante das inúmeras transformações, pelas quais, a sociedade tem passado a família ainda resiste como célula essencial ao desenvolvimento equilibrado dos indivíduos que a compõem.
Segundo D’Antino a família é o primeiro e mais importante ‘berço’ do indivíduo, tendo como função original satisfazer todas as necessidades físicas, afetivas e sociais da criança, cumprindo, também, a função mediadora entre a criança e o mundo social. (citado por Lazzaretti e Costa,2000).
A relevância de família no contexto social é de tal magnitude que diante da abertura a chegada de um filho, este acontecimento não será um fato restrito ao ambiente familiar, mas estará sujeito às expectativas sociais de que ele esteja dentro dos padrões sociais e culturais estabelecidos. O nível de idealização dos pais norteará e estabelecerá que lugar este filho irá ocupar no meio que irá recebê-lo.
Ao refletirmos sobre esse nascimento é importante salientarmos que este ser será imaginado passo a passo e se tornará paulatinamente objeto de investimentos afetivos. Os pais irão conferir ao filho todos os encantos possíveis e ocultarão todas as deficiências, a doença, a dor e quaisquer outras restrições que possam destorcer a projeção sobre o seu bebê imaginário.
A partir de então, a intensidade da relação da mãe com seu bebê encontra-se permeada de consternação e de um modo geral, rodeada de muitas perspectivas e comemorações, bem como dúvidas em relação à saúde, a vida e ao futuro do bebê. Tais sentimentos se intensificam, pois existe toda uma preparação que se estende desde a elaboração do espaço físico, da cor que irá