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INTRODUÇÃO
Hoje a escola é obrigatória para todos: raças, culturas e inteligências diferentes... uns aprendem bem, outros assim-assim e outros têm muita dificuldade em aprender (Sanches, 2001).
O século XX foi marcado por transformações referentes à educação de pessoas com deficiência. Os movimentos sociais reinvidicavam mais igualdade entre os cidadãos. Tais movimentos foram limitados pelo sistema de globalização. Na sociedade onde a valorização do conhecimento está mais evidente, as políticas sociais estão vinculadas ao exercício de cidadania. Na raiz deste processo está a educação, como direito fundamental para todos os cidadãos, apregoado em documentos, legislações do mundo todo. Segundo Sacavino (2003), a globalização é um processo que se caracteriza por ambiguidades: promete bem estar e desenvolvimento e, em contrapartida, enriquece uns e empobrece outros; valoriza a criatividade de alguns grupos e sufoca a da grande maioria; propõe o desenvolvimento do sistema produtivo à custa da destruição do meio ambiente; aumenta os poderes financeiros dos investidores, enquanto submete as regiões consideradas do terceiro mundo ao servilismo. Sousa Santos (1997) acrescenta que há dois processos de globalização distintos dos cooptados pela ideologia neoliberal. O primeiro, identificado como cosmopolitismo, corresponde às formas de organização transnacionais de estados, nações, regiões ou classes, em defesa dos interesses percebidos como comuns e em seu benefício, possibilidades transnacionais criadas pelo sistema mundial. O outro visa à identificação e estruturação em torno dos interesses relativos ao patrimônio comum da humanidade. Para Sacavino (2003, p.13), a globalização na lógica de mercado total caracteriza-se pelo desequilíbrio das relações de poder “agindo sobre as categorias de liberação/desestruturação e