A FALTA QUE BONS ENGENHEIROS FAZEM
A escassez de bons engenheiros não atrapalha apenas o aumento da produção — é um fator do baixo desempenho brasileiro em inovação (IKEDA, 2012).
Atualmente o Brasil não ocupa as melhores colocações no ranque mundial de novas patentes, com as exceções de algumas novas ideias que na maioria das vezes, partem de pessoas ligadas a empresas que investem pesado em novas tecnologias como a Petrobras (Pig palito, um sensor que é introduzido dentro dos dutos de petróleo e gás para detectar falhas estruturais que possam levar a vazamentos) e Braskem (Plástico verde, que é produzido a partir do etanol). Estas empresas obtiveram patentes em suas respectivas áreas e que são utilizadas pelo mundo inteiro.
Este déficit de novas ideias, coloca o Brasil no 11° lugar no ranque de novas patentes.
Pesquisas indicam que há uma relação direta entre a capacidade de as empresas e os países criarem inovação e o número e a qualidade dos engenheiros dos quais dispõem. Na Coreia do Sul, dos 125 000 profissionais que trabalham com pesquisa, 90 000 são engenheiros e técnicos com formação ligada à engenharia (IKEDA, 2012).
Porem o Brasil faz o caminho inverso, forma menos engenheiros pouco mais de 40 000 por ano e ainda convive com a baixa qualidade na formação destes engenheiros. Que por conta de uma péssima base acadêmica, motivada por uma grade curricular ultrapassada e que não apoia o espírito empreendedor dos alunos e também, um ensino fundamental e médio com falhas graves, onde faltam incentivos, para que estes estudantes se interesse pelo assunto cedo, moldado assim o empreendedorismo de cada um.
Todos estes problemas criam efeitos colaterais que vão desde o desinteresse dos alunos por formulas e números, isto faz, com que cada vez mais alunos escolha matérias voltadas história e geografia. Por conta deste trauma estes estudantes procuram cada vez menos a disciplina de engenharia nas universidades. Há ainda a má formação destes profissionais