A experiência do conhecimento

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A EXPERIÊNCIA DO CONHECIMENTO

Autora: Ana Maria Garcia Resenhado por: Ramiro de Assis Silveira

O texto em tela faz uma abordagem acerca do conhecimento humano e propõe uma exposição concernente ao modo em que o homem se relaciona com este saber, quais são as atitudes possíveis adotadas pela humanidade ao se inserir na realidade cognitiva desenvolvida por ela, sendo esta, ao mesmo tempo, anterior ao indivíduo que se depara com o cognoscível. Qual é a necessidade do conhecimento? Como ele é produzido? Quais são as possibilidades de interação com este conhecimento? Qual é o momento ápice da produção deste conhecimento? Qual deve ser o comportamento adequado diante da gama de informações assimiladas e produzidas pelo homem? Tais questões são suscitadas e ponderadas por Ana Maria Garcia. Na busca de uma primeira conceituação do termo conhecimento, Ana Maria parte primeiramente da análise estrutural do seu equivalente francês connaissance, propondo a ideia de um “nascer com”. Esta afirmação encontra motivo no fato do homem interpretar uma realidade na qual ele já se encontra introduzido antes mesmo desta avaliação. Tal conhecimento, por sua vez, não é algo definitivo, já que é a forma encontrada pelo homem de estar no mundo, mundo este volátil, passível de transformações, tanto naturais quanto produzidas pelo homem que, por sua vez, reinventa, adapta, adéqua a forma de se inserir neste mundo, nascendo novamente através e conjuntamente ao conhecimento. Esta renovação do conhecimento diante da mutabilidade da realidade, esta aptidão que distingue o homem dos demais seres, aponta para um objetivo primeiro, a manutenção de sua existência. De acordo com a autora, o ser humano pode se posicionar diante do conhecimento basicamente de três formas distintas: 1) produzindo conhecimento, pois o homem tem a capacidade de avaliar a realidade, suas certezas diante dela e até mesmo o processo adotado para tal análise, reformulando, reconsiderando e avançando em suas