A expansão urbana e sua precedente consequência
As preocupações com impactos ambientais existem desde que a relação entre o homem e natureza limitou-se ao seu consumo exacerbado. Desde a descoberta dos recursos naturais os sistemas econômicos pregam consumo desenfreado da natureza sem grandes preocupações até o momento o qual a mesma demonstra limite de apropriação. A forma com que o homem se apodera da natureza e utiliza os recursos apontam para a necessidade do mesmo em planejar e ordenar o uso e ocupação do solo, no intuito de minimizar impactos, otimizar o uso de recursos disponíveis e equilibrar as relações entre avanços estruturais e natureza.
Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos diferentes ambientes, causando desequilíbrios no meio natural e comprometendo a qualidade de vida dos próprios seres que o danificam. Na atualidade, com diversos fatores que proporcionam impactos ambientais, sejam amenos ou graves, onde a saúde dos seres humanos e espécies animais e vegetais são ameaçadas, a legislação a respeito dos impactos ambientais deveria vigorar de maneira mais forte e eficaz, sem distinção da obra a qual será empregada já que os impactos gerados na construção de qualquer obra degradam o ambiente. Se no início ocupacional das grandes metrópoles não tomaram-se os devidos cuidados é esse o momento de contabilizar os prejuízos e amenizá-los.
A Região Metropolitana de São Paulo é o principal exemplo brasileiro de como a ocupação desordenada e constante de uma área pode gerar problemas futuros. Essa região é constantemente afetada por enchentes e inundações e sabe-se que significativa parte dessas ocorrências se associa à redução da capacidade do sistema integrado de drenagem devido a inúmeros sedimentos e lixo que permeiam esses locais. O geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, cuja principal área de estudos baseia-se no controle de erosão, assoreamento e problemas ambientais, através de um estudo de caso, salientou