A evolução da trompete

A trompete é um instrumento de sopro pertencente à família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado por si mesmo, em cujas extremidades fica o bocal e a campânula. A sua história teve início nos primórdios da humanidade quando os nossos antepassados começaram a usar materiais ocos – como cornos de animais ou conchas de moluscos – com o objectivo de ampliar som. Na pré-história encontrara-se referências à sua existência, não no sentido que hoje lhe é dado, mas sim, como instrumento de chamada, alertando guerreiros para o combate. Era também usado em rituais religiosos e mágicos (circuncisão, enterros, etc.).
A trompete é o instrumento mais agudo da família dos metais e teve origem, provavelmente, no Egito Antigo, no II milénio antes de Cristo, tendo adquirido importância como instrumento musical a partir do século XVII, ao ser introduzido na orquestra. A mais antiga evidência da existência da trompete remonta para cerca de 1500 a.C., de acordo com as iconografias encontrados no túmulo do imperador egípcio Ttankhamon. As trompetes egípcias eram construídas por um tubo com cerca de 120 cm, construídos em prata ou em bronze e eram utilizados sobretudo como meio de sinalização, como por exemplo de batalhas ou da chegada de alguém importante. Ao longo das diferentes civilizações e até à civilização Romana, o metal mais utilizado na construção das Trompetes foi o bronze, com a exceção dos povos israelitas, que as construíam em prata martelada.
A trompete assumia na antiguidade um papel quase sagrado. No Tibete, em Roma e Israel, por exemplo, o seu caráter sacro significava que apenas os sacerdotes a podiam usar. As próprias referências bíblicas à trompete estabelecem uma forte conotação entre o instrumento e as vozes dos anjos. Na Grécia, a trompete marcava presença nos grandes acontecimentos como os jogos Olímpicos. Porém, terá sido o povo israelita que conferiu uma posição mais elevada às trompetes, pois apenas os padres as podiam tocar, como podemos