A evoluçao do processo de mundializaçao
A evolução do processo de mundialização
A «europeização» do Mundo
Foi no século XVI que se deu a expansão europeia para novos espaços, ou seja, a europeização. Esta expansão permitiu integrar novas regiões do mundo no sistema produtivo e de trocas da Europa. Novas áreas de outros continentes surgem como centros económicos, gerando fluxos de capitais (ouro e prata) no caso da América do Sul, e de produtos ou mão de obra no caso de África.
Neste contexto, desenha-se um vasto triângulo comercial entre a Europa, África e América.
A divisão internacional do trabalho
Neste período, a divisão internacional do trabalho assenta no comércio mundial entre 3 pólos: * África: fornecedora de mão de obra escrava para as plantações na América; * América: produtora, com base no trabalho escravo, de matérias primas, como o algodão e o açúcar, que fornece à Europa; * Europa: possuidora de capital (proveniente do comercio de escravos) e transformadora de matérias primas (por exemplo, a industria têxtil) que vende para a América e África.
Também a este processo se junta a Índia, que fornece à Europa tecidos que serão depois trocados em África por escravos, sendo o tráfico de escravos o principal factor no desenvolvimento do comercio mundial controlado pela Europa.
Os efeitos da divisão internacional do trabalho a) África
O contributo do continente africano para o desenvolvimento da economia europeia assentou no comércio (tráfico) de escravos.
Este tráfico, gerador de elevados lucros (especialmente para os traficantes europeus e africanos), afastou a possibilidade de desenvolvimento de outras atividades produtivas internas que pudessem ser exportadas bem como o abandono das atividades agrícolas e artesanais tradicionais, visto estas atividades serem menos rentáveis.
África tornou-se, assim, uma região periférica na economia mundial pois as suas produções eram orientadas para a satisfação das necessidades do mercado