A estrutura fundária brasileira e os conflitos e movimentos sociais no campo.
A estrutura fundiária corresponde ao modo de como as propriedades agrárias de uma área ou país estão organizadas, isto é, tamanho e distribuição social.
No Brasil, uma grande parte das terras se encontra nas mãos de uma pequena parcela da população, essas pessoas são conhecidas como latifundiários, que monopolizam a maior parte das propriedades rurais. Porém existem também milhões de proprietários que possuem uma área extremamente pequena, os minifúndios, normalmente sua área é tão pequena que eles não conseguem produzir o suficiente para o sustento familiar.
A desigualdade estrutural fundiária brasileira é um dos principais problemas do meio rural, porque interfere na quantidade de postos de trabalho, valor de salários e também nas condições de trabalho e o modo de vida dos trabalhadores rurais.
Os problemas no campo brasileiro existem há centenas de anos. A distribuição desigual de terras cria uma série de conflitos no meio rural. Esses conflitos teve início durante a década de 1530, no qual a Coroa portuguesa distribuía terrenos para quem tivesse condições de produzi, desde que fosse pago um sexto da produção à Coroa.
Com isso poucas pessoas adquiriram grandes extensões de terra, estabelecendo diversos latifúndios no país.
Existem muitos outros problemas nos campos, como a grilagem. Os grileiros colocam papel velho em uma caixa cheio de grilos, para lhe dar uma aparência envelhecida, assim, eles conseguem tirar o imóvel do proprietário, que normalmente é um pequeno agricultor.
Outro problema é a mecanização e a utilização massiva de tecnologia no campo que têm forçado os pequenos produtores a venderem suas propriedades e trabalharem como empregados ou migrarem para as cidades.
Por conta desses problemas, vários movimentos sociais foram criados com o intuito de reverter esse quadro. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo,