a escrava isaura
A escrava Isaura é um romance romântico com pretensões abolicionistas. Seu enredo apresenta uma seqüência de peripécias ao estilo dos folhetins da época, recheado de personagens unidimensionais (o bom é sempre bom e o mau é sempre mau). A personagem central é Isaura, uma escrava branca dotada dos melhores sentimentos, pura de coração e com uma "educação como não tiveram muitas ricas e ilustres damas". No entanto, sofre as terríveis perseguições de Leôncio, seu senhor e homem tocado pelos piores vícios.
Tempo / Espaço
O autor localiza a narrativa em uma temporalidade histórica: "Era nos primeiros anos do reinado do Sr. D. Pedro II". Este parágrafo lança o leitor em uma temporalidade apenas familiar para os leitores da época da publicação do romance. Ele foi publicado na década de setenta do século XIX, durante o império do Sr. D. Pedro II.
No parágrafo seguinte, o leitor é enviado para um espaço banal, o espaço do município de Campos de Goitacazes. Este município foi um dos centros da economia escravagista do sudeste.
Conduzindo o leitor pelo olhar, o narrador descreve a fazenda situada à margem do rio