A escrava isaura e o romantismo no brasil
Graduação em Letras – Licenciatura em Língua e Literatura Vernáculas
Disciplina: Literatura Brasileira I Professor: Dr. Marcio Markendorf
ENSAIO LITERÁRIO: A escrava Isaura e o Romantismo no Brasil
Aluna: Joice Taú No início do século XIX, idealizava-se no Brasil uma literatura que representasse o autêntico espírito nacional. Este processo de institucionalização da nossa literatura esteve intimamente ligado ao processo de independência política. Em 1834 três jovens autores brasileiros, membros do Instituto Histórico de Paris, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Francisco de Sales Torres Homem e Manuel de Araújo Porto-Alegre publicaram uma comunicação intitulada “Resumo da história da literatura, das ciências e das artes no Brasil” na qual falavam das bases que sustentariam o discurso de fundação de uma cultura verdadeiramente nacional para o país que há pouco havia se tornado independente (1822), dando o pontapé inicial ao Romantismo Brasileiro. O Romantismo significou para nossa literatura um período de grande evolução, pois transmitia um sentimento nacionalista e de rejeição à literatura produzida na época colonial, que era feita no modelo português. Cria-se no Romantismo, portanto, a identidade nacional. A primeira geração romântica tinha a preocupação de garantir essa identidade que nos separava de Portugal e buscar no passado histórico elementos de origem nacional. Os autores passaram a exaltar a natureza e a valorizar o indivíduo, criando o herói nacional na figura do índio, de onde surgiu o nome da primeira fase do romantismo de “geração indianista”. Os autores exaltam de forma exagerada a beleza e a pureza da cultura indígena que representava na época uma cultura genuinamente nacional. Outro fato muito importante do Romantismo foi a criação de um novo público. Com a formação dos primeiros cursos universitários