A ESCOLA E O SEU PAPEL SOCIAL DIANTE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE RISCO PESSOAL E SOCIAL.
Dentro os caminhos apontados, privilegiamos o papel social da escola diante da criança e do adolescente em situação de risco pessoal e social.
Falar de crianças e adolescentes em situação de risco no Brasil é abordar um problema que traz em sua complexidade, as marcas da formação e do desenvolvimento sócio-político-econômico e cultural de um país que confina aos guetos, morros e favelas os que sobrevivem com as partículas do bolo nacional. A péssima distribuição de renda do país, carro chefe das desigualdades econômicas e sociais, a ausência do oferecimento de uma educação e saúde de qualidade para a maioria da população, somando-se ao desemprego estrutural e à ineficiência das políticas públicas, contribuem para que assistamos estarrecidos, a uma desenfreada produção em série de crianças e adolescentes sem referências de afeto, amor, ética, moral, autoestima e sem perspectivas de exercerem sua cidadania. Crianças e adolescentes que "escolarizam-se" nas ruas.
O atual quadro da infância e da adolescência em situação de risco (que vão desde os que sofrem de maus tratos, abandono, abuso físico, psicológico, sexual, influência de todo tipo de delinquência até a morte por grupo de extermínio) nos estimula a fazermos uma retrospectiva do seu atendimento no Brasil: Da Lei do Ventre Livre aos dias atuais, constataremos que a política de atendimento a esta parcela da população, resumiu-se ao desenvolvimento de programas