Crianças e adolescentes
Articulação de redes em situação de abandono ou afastamento do convívio familiar
Sandra Eni Fernandes Nunes Pereira
Este artigo discute a importância e necessidade da articulação de redes sociais eficazes e capazes de proteger crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social
- mais especificamente em situação de abandono ou de afastamento do convívio familiar.
Tem como referencial teórico, a abordagem sistêmica e a Teoria das redes sociais. Trata inicialmente das redes tradicionais de socialização (família e escola) como espaços de socialização fundamentais no processo de desenvolvimento da criança e do adolescente.
Em seguida define redes sociais e apresenta uma forma de se pensar o atendimento à criança e ao adolescente a partir da prática de redes. A intenção é trazer instrumentos e informações que fomentem a reflexão para uma compreensão mais ampla acerca da infinidade de situações vividas por crianças e adolescentes que sofrem pelo abandono ou afastamento do convívio familiar, e entender como essas situações se relacionam com as possibilidades de um trabalho em rede por parte dos diferentes atores implicados neste contexto: crianças, adolescentes, família nuclear, família extensa, escola, comunidade, serviços de saúde, Serviços de Assistência Social, Justiça da Infância e da Juventude,
Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, serviços de acolhimento institucional (Abrigo, Casa-lar, Serviço de Acolhimento em Família
Acolhedora e República) e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos (responsáveis pela execução de serviços nas áreas de cultura, lazer, geração de trabalho e renda, habitação, transporte, capacitação profissional e pela garantia do acesso das crianças, adolescentes e suas famílias a estes serviços).
Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social
As desigualdades sociais não são mais suficientes