A escola e a exclusão
Licenciatura em Ciências da Educação
Sociologia da Educação
2013/1014
Fedra Caseiro
Recensão Crítica – “A escola e a exclusão”, François Dubet
No âmbito da unidade curricular de Sociologia da Educação, foi proposta uma recensão crítica de uma bateria de textos disponibilizados pelo docente. O texto escolhido foi o de François Dubet que se intitula por “A escola e a exclusão”, traduzido por Neide Luzia de Rezende.
François Dubet nascido a 23 de Maio de 1946, em Périgueux, França, é sociólogo, professor na Universidade de Bordeaux II e diretor de estudos da Ecole des Hautes Etudes en Sciences Socialtes. É autor de vários livros sobre jovens delinquentes, escolas e instituições. Este texto vai de encontro aos seus estudos, abordando a desigualdade social e escolar, o insucesso e abandono escolar, dando assim a entender ao leitor a realidade existente.
O sociólogo começa por abordar dois problemas existentes em França, o primeiro é que a existência de desemprego advém da falta de adequação entre a formação e o emprego, ou seja, que a formação existente na escola não cumpre os objetivos para a empregabilidade, as pessoas não são capazes de desempenhar as tarefas com eficiência; o segundo problema que Dubet encontra é que apenas os alunos das “boas escolas” têm emprego garantido. Alguns autores defendem que a escola é inocente desta problemática, afirmando que a culpa é da sociedade envolvente, da falta de motivação dos próprios alunos, pondo assim a questão sobre o capitalismo e o mercado – “as desigualdades sociais é que distribuíam os alunos e não a escola”.
Dubet aborda a questão da escola republicana, denotando o elitismo (Max Weber) existente, ou seja, um modelo de promoção dos melhores alunos, baseado na reprodução das desigualdades sociais existentes fora da escola – “Não era a escola que era injusta, era antes de tudo a sociedade”. Para contrariar esta ideia, surge o malthusianismo escolar, que defende que a escola tem um